Grupo de Estudos em Epidemiologia da Atividade Física
GEEAF - Atenção Básica

Sabendo da importância da aquisição de conhecimento sobre a área em que atuamos, o Grupo de Estudos em Epidemiologia da Atividade Física (GEEAF) visa ampliar o entendimento das inúmeras variáveis que existe no âmbito da sáude básica e exercício físico. Abaixo, produções literárias em forma de artigo.
Objetivo: apresentar uma síntese do ‘Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022’. Metodologia: a elaboração do Plano contou com a participação de diferentes instituições, Secretarias e áreas técnicas do Ministério da Saúde (MS) e de outros órgãos governamentais. Resultados: após dez meses de construção coletiva, o Plano de DCNT foi divulgado na Reunião de Alto Nível da Organização das Nações Unidas, em setembro de 2011; o Plano define e prioriza as ações e os investimentos necessários ao país para enfrentar e deter as DCNT nos próximos dez anos e fundamenta-se em três diretrizes principais: a) vigilância, informação, avaliação e monitoramento; b) promoção da saúde; e c) cuidado integral.
Conclusão: a consolidação do plano depende da mobilização de toda a sociedade civil, para a priorização das DCNT nas políticas e nos investimentos nacionais. Palavras-chave: doença crônica; fatores de risco; vigilância epidemiológica; cuidado integral; doenças cardiovasculares.
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi estabelecer um programa de condicionamento físico individualizado – Projeto Hipertensão – focado em pessoas hipertensas, pacientes da Unidade Básica de Saúde (UBS) e, logo após, investigar os efeitos deste programa no condicionamento físico, perfil metabólico e níveis de pressão. Métodos: Dezesseis mulheres hipertensas (56 ± 3 anos) sob tratamento farmacológico regular foram submetidas a 4 meses de um programa de exercícios aeróbios e de alongamento (3 sessões/semana, 90 min/sessão, 60% de VO2max). Diversas variáveis físicas e metabólicas foram comparadas antes e depois de 4 meses de treinamento. Resultados: O treinamento diminuiu significativamente a pressão arterial sistólica (PAS, –6%); melhorou o condicionamento cardiorrespiratório (+42% do VO2max), flexibilidade (+11%) e conteúdo de glicose plasmática (–4%). IMC e % de gordura não tiveram modificação. Além de modificar o perfil metabólico, observou-se que o treinamento apresentou correlações significativas entre os valores iniciais individuais de nível de colesterol total (CT), lipoproteína de alta densidade (HDL-C) e lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) e suas respostas após exercício. Conclusões: O estudo mostra que programas de exercício podem ser personalizados para pacientes hipertensos da UBS e confirma a efetividade do exercício na PA, condicionamento físico, flexibilidade e perfil lipídico em pacientes hipertensos. A redução expressiva de PA em sujeitos hipertensos sugere que esta intervenção de exercícios deve ser enfatizada em outros centros que assistam populações de baixa renda.
O objetivo deste estudo é compartilhar evidências acumuladas ao longo de 6 anos de existência de um programa de AF desenvolvido em UBS no município de Rio Claro-SP. Os resultados do programa se mostraram efetivos em melhorar o desempenho de alguns componentes da aptidão funcional, metabolismo de lipídios e glicose, estados de ânimo e qualidade de vida relacionada à saúde dos participantes. Tendo em vista os resultados apresentados e a presença de UBS na grande maioria dos municípios brasileiros, acreditamos que a implantação de um programa desta natureza seja uma iniciativa viável tanto do ponto de vista social quanto de promoção da saúde. Palavras-chave: Aptidão funcional, programas de atividade física, intervenção em atividade física, Unidades Básicas de Saúde.
O presente estudo teve o objetivo de realizar um diagnóstico das condições de parques e praças do município de Pelotas para a prática de lazer e atividades físicas. Foram visitados um total de 63 praças/parques, distribuídos nos seis bairros do município. As áreas mais freqüentes para atividades nos locais avaliados foram os espaços verdes (85,7%) e campos de futebol (47,6%). No domínio segurança, 66,7% das praças/parques foram consideradas muito inseguro/inseguro, sendo que 95,2% deles não podiam ser trancados e 1/5 não apresentava qualquer iluminação na área alvo. Em relação à existência de quadras esportivas, 95,2% das praças/parques não possuíam esses locais. Não foram encontradas trilhas ou pistas de caminhada assim como áreas destinadas à realização de alongamentos, exercícios e ginástica. A existência de playground foi observada em 31,8% dos locais visitados e em 47,6% foram encontrados campo para a prática de esportes. Apesar de distribuídas por toda a cidade as praças/parques carecem de uma melhor estruturação além de uma melhora na conservação do ambiente. Palavras-chave: Ambiente; Ambiente e saúde pública; Atividade motora.
O estudo descreve a prevalência de aconselhamento educativo à saúde relacionado à atividade física entre as pessoas que utilizaram alguma vez na vida uma unidade básica de saúde, e verifica alguns fatores associados. Estudo com delineamento transversal e amostra aleatória de indivíduos adultos (N=4.060) e idosos (N=4.003), moradores em áreas de abrangência de unidades de saúde, em 41 municípios de sete estados das regiões Sul e Nordeste do Brasil. A prevalência de aconselhamento relacionado à atividade física foi de 28,9% (IC95%: 27,3-30,4) entre os adultos e de 38,9 (IC95%: 37,3-40,6) entre os idosos. A prevalência do desfecho foi sempre maior entre os idosos na região Nordeste, e nos adultos e idosos atendidos pelo Programa Saúde da Família. Sexo, padrão de consumo sócio-econômico, tabagismo, sedentarismo, diagnóstico médico de doenças crônicas e uso de medicação contínua também estiveram associados ao desfecho. O aconselhamento à prática de atividade física nas unidades básicas de saúde foi pouco utilizado frente às necessidades dos indivíduos, principalmente em termos de estimular hábitos de vida saudáveis. É necessário melhorar a participação dos profissionais das diferentes áreas do conhecimento na condução de aconselhamentos em saúde. Atividade Motora; Aconselhamento; Adulto; Idoso
The purpose of the present report is to update and clarify the 1995 recommendations on the types and amounts of physical activity needed by healthy adults to improve and maintain health. Development of this document was by an expert panel of scientists, including physicians, epidemiologists, exercise scientists, and public health specialists. This panel reviewed advances in pertinent physiologic, epidemiologic, and clinical scientific data, including primary research articles and reviews published since the original recommendation was issued in 1995. To promote and maintain health, all healthy adults aged 18 to 65 yr need moderate-intensity aerobic (endurance) physical activity for a minimum of 30 min on five days each week or vigorous-intensity aerobic physical activity for a minimum of 20 min on three days each week. te. In addition, every adult should perform activities that maintain or increase muscular strength and endurance a minimum of two days each week. Key Words: BENEFITS, RISKS, PHYSICAL ACTIVITY DOSE, PHYSICAL ACTIVITY INTENSITY
Objective: This article assesses direct costs of integrating a physical activity counselor (PAC) into primary health care teams to improve physical activity levels of inactive patients. Methods: A monthly cost analysis was conducted using data from 120 inactive patients, aged 18 to 69 years, who were recruited from a community-based family medicine practice. Relevant cost items for the intensive counseling group included (1) office expenses; (2) equipment purchases; (3) operating costs; (4) costs of training the PAC; and (5) labor costs. Physical and human capital were amortized over a 5-year horizon at a discount rate of 5%. Results: Integrating a PAC into the primary health care team incurred an estimated one-time cost of CA$91.43 per participant per month. Results were very sensitive to the number of patients counseled. Conclusions: The costs associated with the intervention are lower than many other intervention studies attempting to improve population physical activity levels. Demonstrating this competitive cost base should encourage additional research to assess the effectiveness of integrating a PAC into primary health care teams to promote active living among patients who do not meet recommended physical activity levels. (J Am Board Fam Med 2012;25:250–252.) Keywords: Cost Analysis, Counseling, Health Care Team, Motor Activity, Primary Health Care

The effects of manual resistance training on improving muscular strength and endurance
The purpose of this study was to investigate the effects of a manual resistance training (MRT) program on muscular strength and endurance and to compare these effects with those of an identically structured weight resistance training (WRT) program. To do this, 84 healthy college students were randomly assigned to either an MRT (n = 53, mean +/- SD: age 25.6 +/- 6.0 years, height 170.1 +/- 8.1 cm, body mass 73.9 +/- 16.0 kg, and body fat 24.6 +/- 8.7%) or WRT (n = 31, mean +/- SD: age 25.5 +/- 5.2 years; height 169.6 +/- 10.1 cm, body mass 75.0 +/- 17.4 kg, and body fat 24.7 +/- 8.5%) group and engaged in a 14-week training program. Each participant's performance was assessed before and immediately after the 14-week training period. Muscular strength was assessed by the one-repetition maximum (1RM) bench press test and the 1RM squat test. Muscular endurance was recorded as the maximum number of repetitions performed with 70% of pretraining 1RM for the bench press and squat exercises. There were no significant differences between the MRT and WRT groups at baseline for muscular strength (p > 0.36) or muscular endurance (p > 0.46). Compared with baseline values, the 14-week training programs produced significant (p < 0.001) improvements in muscular strength and muscular endurance of the MRT and WRT groups. However, no significant difference was observed between the MRT and WRT groups for muscular strength (p > 0.22) or for muscular endurance (p > 0.09) after training. The improvements in muscular strength and muscular endurance after a 14-week MRT program in the present study were similar to those produced by a WRT program, and well-designed MRT exercises seem to be effective for improving muscular fitness.