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Evento: Diálogos entre Educação Física e Saúde Coletiva e Oficina Competências da Educação Física para o SUS

 

 

Participantes do Grupo GEEAF: Fabrício B Del Vecchio, Graziane da Silva e Juliana Quadros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O evento foi realizado na Faculdade de Direito da UFRGS e também no Rede Governo Colaborativo em Saúde em Porto Alegre nos dias 25, 26, e 27 de setembro de 2013.

 

Convidados:

·       Alcindo Ferla: Doutor em Educação. Professor do curso de bacharelado em saúde coletiva (UFRGS)

·       Alex Branco Fraga: Doutor em Educação. Professor da Escola de Educação Física e do PPG Ciência do Movimento UFRGS.

·       Danielle Keylla Cruz: Sanitarista e mestre em Saúde Pública. Ministério da Saúde.

·       Felipe Freddo Breunig: Bacharel em Educação Física (UFRGS). Especialista em educação e saúde mental coletiva (UFRGS).

·       Felipe Wachs: Mestre em ciências do movimento humano. Doutorando PPG Ciências do Movimento Humano (PPG-CMH-UFRGS).

·       Ricardo Ceccim: Doutor em educação. Coordenador do curso de pós-graduação em saúde coletiva.

·       Vera Resende: Educadora física sanitarista, tutora e preceptora da residência integrada em saúde- saúde mental e atenção básica na UFRGS ESP-RS.

 

Corpo, Cultura e Sociedade

 

A abertura do evento ficou a cargo pesquisador italiano Ardigò Martino da Universidade de Bologna. Martino comentou sobre medo, tensão e risada, ações e comportamentos muito comuns no dia a dia do profissional que trabalha na saúde e fez uma atividade que, através dos três fatores, liberou o estresse do grupo, ensinando assim o profissional de saúde a não ter medo de “gente”. Com isso, o pesquisador ressaltou a influência de regras que regem a sociedade e a importância dos estudos antropológicos para profissionais da área de educação física e saúde.  

Ardigò relatou sobre assuntos locais e globais e também sobre trabalho com moradores de rua ressaltando que o conhecimento técnico exclui o profissional da área da saúde e comentou ainda que, através de jogos contra barreiras tenta resgatar o “cuidado” para que o trabalhador perceba o corpo no ato de cuidar.

 

Práticas Corporais e Saúde: Uma interface emergente

 

O Dr. Alex Branco Fraga comentou sobre a Política Nacional de Promoção da Saúde e que este termo aparece em 2006 na portaria número 687, 30/03. Nesta Política, práticas corporais e atividade física são usados como sinônimos, entretanto, os dois termos possuem matrizes epistemológicas distintas. Fraga ainda relatou sobre definições de práticas corporais, atividade física e exercício físico e suas antigas e atuais recomendações.  

O professor definiu as práticas corporais como “práticas que têm significado e sentido” exemplificando-as como dança, tai chi chuan, lutas e esporte. Ressaltou que são pouco estudadas e ofertadas para promoção de saúde.  A atividade física, por outro lado, possui uma definição padrão de “qualquer movimento produzido pelo sistema muscular esquelético acima dos níveis de repouso”. Sendo assim, comparou atividade física como sendo mais “fascistas” e práticas corporais como sendo mais “democráticas”, que vão além de um indicador orgânico. Para finalizar, ele deixou a pergunta: “Por que as pessoas não praticam atividade física se é tão bom?”.

 

Vivência em estágios no SUS

 

Felipe Fredo relatou sobre o VER-SUS que é o encontro ao núcleo e o CAMPO DA SAÚDE COLETIVA proporcionando protagonismo. Assim, comentou sobre sua experiência no Caps III da Rocinha, no plantão noturno adjunto à equipe de redução de danos. Auxiliou um trabalhador contratado para cuidar do patrimônio, mas, como ele mesmo disse, o patrimônio que ele estava cuidando era a própria vida humana.

 

Debate

 

Foi aberto espaço para perguntas relacionadas aos diálogos apresentados anteriormente. A primeira pergunta foi do Prof. Dr. Fabrício Boscolo Del Vecchio direcionada ao Dr. Alex Branco Fraga, apresentando a problemática da inserção das práticas corporais pelo profissional de Educação Física no Sistema Único de Saúde e como aumentar o interesse da população por essas práticas independente das dificuldades de cada um. 

Educação Física e Saúde Coletiva

A abertura para as távolas foi a fala do Dr. Alcindo Ferla sobre projeto novo com o Ministério da Saúde, que visa estudar novas tecnologias e iniciativas para trabalhar com a saúde coletiva. Ferla relatou sobre algumas características que permeiam os três temas das távolas que são: rede de cuidado, apoio matricial e tecnologias leves. 

 

As távolas tiveram os seguintes temas: NASF, Academia da Saúde e Saúde Mental.

 

Távola NASF

 

Esta távola foi conduzida pela sanitarista Vera Resende que contou com o apoio dos demais participantes. Foi criada uma definição para Núcleo de Apoio a Saúde da Família-NASF e foram designados três tópicos para discussão: Formação, Intervenção no SUS e Equipe. Os participantes relataram suas experiências no NASF e destacaram requisitos importantes para que o profissional atue nesta área.  Foi comentado também sobre a política deste Núcleo. Por fim, relacionando com a formação do educador físico, foi destacado que não há preparação para trabalhar em ambientes como SUS e em grupos como NASF.

 

Távola Academia da Saúde

 

Esta távola foi articulada pela sanitarista, e membro do Ministério da Saúde Daniela Kelly. Explicitaram-se os diferentes caminhos constitutivos do programa “Academia da Saúde” se fizeram diversos esclarecimentos sobre o mesmo. A principal informação é de que o programa “Academia da Saúde” pouco tem a ver com a temática que dá gênese ao seu título, sendo a atividade física, ou as práticas corporais, apenas uma pequena parcela desta iniciativa. A távola foi composta por diferentes profissionais, muitos com dupla formação acadêmica, e a maioria com estágio em residência em saúde mental ou multiprofissional na área da saúde.

 

Devolutivas

 

Membros de cada távola apresentaram o que foi discutido e foi aberto um espaço para discussões.

 

Oficina: Competências da Educação Física para o SUS

 

A oficina foi conduzida pela professora Márcia Fernanda que propôs uma atividade em que todos os integrantes do grupo tinham que “completar” uma cidade fictícia com serviços públicos (NASF, CAPS II, CRAS, hospital, delegacia e farmácia). Após a dinâmica, o grande grupo foi dividido em cinco e cada grupo teve que escolher dois temas e falar sobre o que o profissional da educação física faz e o que precisa saber fazer dentro do tema escolhido. No final, cada grupo leu suas conclusões e foi aberto para discussões.

 

Relatos do Grupo

GEEAF - Atenção Básica

 

O Seminário foi organizado pela Rede Governo Colaborativo em Saúde, uma parceria do Ministério da Saúde e UFRGS. Teve o apoio do grupo de estudos em política de formação em educação física e saúde (POLIFES- UFRGS), do programa de pós-graduação em saúde coletiva (PPGCOL- UFRGS) e da coordenadoria de saúde (CoorSaúde-UFRGS). O seminário foi realizado dentro do escopo da cooperação internacional entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade de Bologna-Itália (UNIBO), teve como proposta contribuir para o diálogo entre a Educação Física e a Saúde Coletiva a partir da imagem conceitual das práticas corporais como possibilidade na construção de políticas públicas e do fazer da educação física no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Contou com falas disparadoras de professores universitários e trabalhadores do SUS, bem como discussão em temáticas específicas (saúde mental, NASF e programa Academia da Saúde) a partir da divisão do grupo em távolas.

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